Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Volkswagen Beetle Taxi - Rio de janeiro - 1985
Made in China
Os táxis do Rio
Existem táxis especiais do aeroporto que, mediante um pagamento prévio conforme o destino, conduzem o viajante até à cidade. Este tipo de veículos – que não têm distintivos nem cores especiais – oferecem a alternativa de uma visita turística com um embolso adicional.
Os táxis regulares são amarelos e costumam ter afixadas as tarifas mais importantes na parte exterior das portas. Funcionam com taxímetro e aplicam duas tarifas, além da bandeirada inicial. A tarifa simples, ou «bandeirada 1», aplica-se de segunda-feira a sábado entre as 6 e as 21 h, enquanto a «bandeirada 2», funciona durante as horas nocturnas e nos morros. Esta tarifa aumenta o preço da corrida em cerca de 8%.
No Rio de Janeiro, durante todo o mês de Dezembro, aplica-se a tarifa dos feriados. A melhor opção para evitar surpresas com o preço final é contratar radiotáxis através dos postigos situados nas paragens de autocarros e nos aeroportos. Nestes postigos, paga-se antecipadamente a importância da corrida. As tarifas são sempre as mesmas, conforme o itinerário a percorrer. Estes táxis são mais seguros, apesar de mais caros. Para desfrutar de uma corrida sem problemas, o turista especialmente cauteloso evitará mandar parar um táxi em Copacabana ou perto dos hotéis de luxo, e chamará uma companhia de radiotáxi recomendada pela recepção do hotel. Com um pouco de sorte, e de conversa, poderá encontrar um taxista disposto a conduzi-lo a lugares pouco frequentados por turistas estrangeiros, e a desfrutar assim de atracções alternativas da vida nocturna de Copacabana. Além disso, se bem que a rede de autocarros do Rio seja extensa e bastante regular, os «ónibus» estão sempre cheios e os seus condutores nem sempre respeitam os sinais de trânsito nem os limites de velocidade. Existem algumas linhas alternativas como os «frescões», dotados de ar condicionado e maior comodidade, que também são mais caros. Não obstante, o táxi é a opção de transporte mais cómoda, rápida e segura do Rio de Janeiro.
Volkswagen Carocha
A história do Carocha não deixa de ter uma certa ironia. Com efeito, este carro simpático, emblemático dos hippies, e protagonista de vários filmes, teve a sua origem na incumbência que Hitler apresentou ao engenheiro alemão Ferdinand Porsche. Hitler encetara um vasto programa de construção de estradas para solucionar a grave estagnação económica que assolava a Alemanha. E para encher essas estradas, Hitler queria pôr no mercado um veículo suficientemente barato, acessível à bolsa de qualquer alemão.
Porsche desenhou, segundo se diz, sob a constante supervisão do Fürher, o Carocha, o primeiro carro com tracção traseira e refrigerado a ar, com travões accionados por cabo. Para cumprir o objectivo, edificou-se uma fábrica ultramoderna em Wolsfurg, e em 1936 a Daimler-Benz entregou os três primeiros protótipos. No entanto, como naquela altura Hitler planeava o começo da guerra, optou por reservar o seu potencial de produção industrial para o exército e o fabrico não seguiu adiante. Quando a guerra acabou, só faltava activar as linhas de montagem, porque o projecto se mantinha válido do pondo de vista tecnológico e comercial.
Saiu um modelo básico com um motor de 1100 cc e mudança sincronizadas de velocidades.
O êxito foi instantâneo, tanto na Europa como nos Estados Unidos. A marca foi entregando modelos cada vez mais potentes, sobretudo para satisfazer o mercado norte-americano, com motores de 1200 cc na década de 1950, e de 1300 e 1500 na seguinte, e com novos travões de tambor, mais seguros. A 17 de Fevereiro de 1972, o Carocha bateu o recorde de produção anterior do velho Ford T, com mais de 15 milhões de exemplares vendidos. O primeiro lote de Carochas chegou ao Brasil a 17 de Novembro de 1950.
À semelhança do resto do mundo, a recepção foi excelente e entusiasta. O Carocha, o «Fusca», como o apelidaram carinhosamente os brasileiros, era barato, consumia pouca gasolina e tinha uma mecânica muito simples, deixando-se abusar até ao limite da sua resistência.
Os Taxistas compraram-no em massa, e depressa a sua silhueta patusca encheu as ruas de todas as grandes cidades do país. Em 1953, deu-se o início à construção do Carocha num armazém de um bairro dos arredores de São Paulo, onde se montavam as peças importadas da Alemanha.
Seis anos depois, em 1959, o fabrico nacional foi ganhando importância, até se produzir um «Fusca» cem por cento brasileiro. A produção manteve-se até 1986, e o Carocha brasileiro converteu-se num veículo muito popular, que deu origem a numerosos clubes de aficionados.
Quando, em 1979, se remodelaram os faróis traseiros do veículo, esta transformação teve direito a alcunha, o «Fusca Fafá». O Carocha passou a fazer parte da sociedade brasileira. O último «Fusca» desta primeira etapa foi produzido a 18 de Agosto de 1986, totalizando mais de 3,3 milhões de exemplares construídos no Brasil, ou seja, cerca de um sétimo da produção mundial, que ultrapassou ligeiramente os 21 milhões de unidades. Não obstante, em 1993, e a pedido do próprio presidente do país, Itamar Franco, a Volkswagen Brasil reiniciou a produção. O novo Carocha, submetido a alguns aperfeiçoamentos no design e na mecânica – ao longo do seu mais de meio século de existência, o Carocha sujeitou-se a cerca de 78 000 melhorias, sem perder contudo o seu carácter essencial -, foi um êxito apesar das reticências iniciais. Durante esta etpa, comercializaram-se um pouco mais de 40 000 novos veículos.
A produção voltou a parar em 1996, mas antes de abandoná-la a empresa produziu uma última série de 1500 veículos de luxo conhecida com o nome de «Série de Ouro», cujos 1500 proprietários foram inscritos no «Livro de Ouro da VW».
Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 28 - Altaya
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