Altaya
Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Fiat 600 Multipla Taxi - Milão - 1965
Made in China
Táxis de Milão
Milão é uma cidade muito ordenada onde não existe o costume de mandar parar um táxi que esteja a circular.
O mais comum, no centro da cidade, é apanhá-los numa das numerosas praças onde permanecem estacionados à espera de clientes. Nas zonas da periferia, ou a partir dos domicílios particulares e hotéis, chamam-se pelo telefone; as diversas empresas do sector figuram em qualquer lista telefónica sob a epígrafe «táxi».
As tarifas não são demasiado altas, salvo no caso de se solicitar um táxi para regressar ao aeroporto de Malpesa, que fica quase a 50 quilómetros do centro de Milão.; o outro aeroporto, o de Linate, muito mais próximo, torna-se mais exequível.
Os táxis milaneses são brancos ou amarelos. A frota de táxis é muito abundante, sobretudo no centro da cidade, e normalmente é fácil encontrar um numa praça ou consegui-lo por telefone.
Todos pertencem a grandes empresas e estão devidamente regulamentados, com o taxímetro correspondente.
Em Milão também existem veículos que, aproveitando o desconhecimento dos visitantes, se oferecem como táxis sem o ser.
Costumam ser carros grandes, de um certo luxo, geralmente de cor preta, cujos motoristas oferecem os seus serviços aos turistas, pois os residentes recusam-nos sempre. Estes veículos não têm taxímetro e são bastante mais caros que os táxis oficiais, mas, no caso de haver dinheiro, pode-se desfrutar deles como se fossem limusinas ou carros de aluguer com motorista incorporado, sobretudo para ir fazer compras nas lojas dos grandes costureiros. O certo é que, se existem, é porque não falta a procura.
Os taxistas milaneses são, como a grande maioria dos italianos, gente muito cordial e amável com o cliente, sempre dispostos a satisfazer os seus desejos em tudo que estiver ao seu alcance.
É claro que também esperam uma gorjeta generosa em troca de qualquer serviço extra.
Fiat 600 Multipla
O Fiat 600 foi um dos pequenos grandes carros que circularam copiosamente pelas estradas italianas durante as décadas de 1950 e 1960.
O seu design é de Dante Giacosa (1905-1996), natural de Roma, formado nos estúdios da Universidade Politécnica de Turim.
Começou a trabalhar na Fábrica Italiana de Automóveis Torino - cujas iniciais formam a palavra FIAT - em finais da década de 1920. Na década se 1950, Giacosa desenhou três protótipos de Fiat 600, concebido como um pequeno utilitário barato. Uma das versões tinha um revolucionário motor traseiro, uma inovação para a época que, apesar de algumas reticências iniciais da direcção da empresa, foi o modelo que triunfou.
Apresentado no Salão do Automóvel de Genebra em 1955, o Fiat 600, com as suas formas arredondadas, despertou uma grande curiosidade e teve um certo êxito, sobretudo porque era um carro económico, tornando-se muito popular na Europa mediterrânea, porque era um dos poucos automóveis que estava ao alcance dos condutores de recursos modestos.
Teve muito êxito entre os jovens que compravam o seu primeiro automóvel e também se popularizou como segundo carro nas famílias mais abastadas. Apesar da sua simplicidade, revelou-se como um veículo muito resistente, que suportava condições muito duras sem sofrer danos graves.
No entanto, o Fiat 600 era demasiado pequeno para cobrir o serviço de transporte de passageiros. Para satisfazer o mercado dos táxis, Giacosa desenhou em 1958 uma variante, o Fiat 600 Multipla, um percursor do monovolume (quase um mini autocarro), sem porta-bagagens, que no modelo 600 ocupava a parte dianteira do automóvel. Graças a esta modificação, o Multipla incorporava três filas de assentos, onde podiam acomodar-se sete pessoas, além do condutor. O Fiat 600 Multipla não teve muito êxito fora do mercado italiano, onde, além de gozar da preferência dos taxistas, se converteu no único carro familiar ao alcance das famílias numerosas com rendimentos modestos.
Pequeno e manobrável, próprio para ultrapassar o tráfego denso das grandes cidades e para circular por ruas estreitas e retorcidas, o táxi Multipla podia transportar com comodidade meia dúzia de passageiros.
Para as bagagens, reservou-se no Multipla um pequeno espaço entre o banco traseiro e o compartimento do motor, mas como era insuficiente, a maioria dos veículos também incorporavam uma grade no tejadilho. Além disso, também era possível recolher o banco traseiro do Multipla, ampliando-se deste modo a zona das bagagens.
Fabricado durante uma década, em grande medida graças à procura do sector italiano dos táxis, o Multipla deixou de ser produzido em 1969, mas continuou a prestar serviço de táxis durante muitos mais anos, em cidades como Milão, Roma ou Nápoles.
Hoje em dia, são muitos os coleccionadores de Fiat 600 na Europa, sobretudo em Itália, e os poucos Multipla que se conservam, restaurados ou não, atingem preços cada vez mais elevados no mercado do coleccionismo de automóveis.
Um carro bem conservado chegava, em 2002, a custar mais de 15 000 euros.
Ficha Técnica:
Anos de fabrico: 1958-1969
Motor: 4 cilindros em linha, 600 cm3
Potência: 26 CV / 32 no modelo 600 D
Velocidade máxima: 110 km/h
Peso: 600 kg
N.º de veículos fabricados: 120 000
Fiat City Taxi
Em da década de 1960, quando o Fiat 600 Multipla deixou de fabricar-se, a casa Fiat apresentou um protótipo de pequeno tamanho destinado a ser utilizado como táxi, com o motor à frente e capacidade para apenas três passageiros.
Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 31 - Altaya
-O precursor do monovolume
-Milão: a porta de Itália
-Táxis de Milão: um serviço competente e eficaz
-A publicidade nos táxis: cartazes sobre rodas
Vídeo: FIAT 600 MULTIPLA
Excerto do episódio 14 da 2ª série do Conta-me Como Foi.
Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Fiat 600 Multipla Taxi - Milão - 1965
Made in China
Táxis de Milão
Milão é uma cidade muito ordenada onde não existe o costume de mandar parar um táxi que esteja a circular.
O mais comum, no centro da cidade, é apanhá-los numa das numerosas praças onde permanecem estacionados à espera de clientes. Nas zonas da periferia, ou a partir dos domicílios particulares e hotéis, chamam-se pelo telefone; as diversas empresas do sector figuram em qualquer lista telefónica sob a epígrafe «táxi».
As tarifas não são demasiado altas, salvo no caso de se solicitar um táxi para regressar ao aeroporto de Malpesa, que fica quase a 50 quilómetros do centro de Milão.; o outro aeroporto, o de Linate, muito mais próximo, torna-se mais exequível.
Os táxis milaneses são brancos ou amarelos. A frota de táxis é muito abundante, sobretudo no centro da cidade, e normalmente é fácil encontrar um numa praça ou consegui-lo por telefone.
Todos pertencem a grandes empresas e estão devidamente regulamentados, com o taxímetro correspondente.
Em Milão também existem veículos que, aproveitando o desconhecimento dos visitantes, se oferecem como táxis sem o ser.
Costumam ser carros grandes, de um certo luxo, geralmente de cor preta, cujos motoristas oferecem os seus serviços aos turistas, pois os residentes recusam-nos sempre. Estes veículos não têm taxímetro e são bastante mais caros que os táxis oficiais, mas, no caso de haver dinheiro, pode-se desfrutar deles como se fossem limusinas ou carros de aluguer com motorista incorporado, sobretudo para ir fazer compras nas lojas dos grandes costureiros. O certo é que, se existem, é porque não falta a procura.
Os taxistas milaneses são, como a grande maioria dos italianos, gente muito cordial e amável com o cliente, sempre dispostos a satisfazer os seus desejos em tudo que estiver ao seu alcance.
É claro que também esperam uma gorjeta generosa em troca de qualquer serviço extra.
Fiat 600 Multipla
O Fiat 600 foi um dos pequenos grandes carros que circularam copiosamente pelas estradas italianas durante as décadas de 1950 e 1960.
O seu design é de Dante Giacosa (1905-1996), natural de Roma, formado nos estúdios da Universidade Politécnica de Turim.
Começou a trabalhar na Fábrica Italiana de Automóveis Torino - cujas iniciais formam a palavra FIAT - em finais da década de 1920. Na década se 1950, Giacosa desenhou três protótipos de Fiat 600, concebido como um pequeno utilitário barato. Uma das versões tinha um revolucionário motor traseiro, uma inovação para a época que, apesar de algumas reticências iniciais da direcção da empresa, foi o modelo que triunfou.
Apresentado no Salão do Automóvel de Genebra em 1955, o Fiat 600, com as suas formas arredondadas, despertou uma grande curiosidade e teve um certo êxito, sobretudo porque era um carro económico, tornando-se muito popular na Europa mediterrânea, porque era um dos poucos automóveis que estava ao alcance dos condutores de recursos modestos.
Teve muito êxito entre os jovens que compravam o seu primeiro automóvel e também se popularizou como segundo carro nas famílias mais abastadas. Apesar da sua simplicidade, revelou-se como um veículo muito resistente, que suportava condições muito duras sem sofrer danos graves.
No entanto, o Fiat 600 era demasiado pequeno para cobrir o serviço de transporte de passageiros. Para satisfazer o mercado dos táxis, Giacosa desenhou em 1958 uma variante, o Fiat 600 Multipla, um percursor do monovolume (quase um mini autocarro), sem porta-bagagens, que no modelo 600 ocupava a parte dianteira do automóvel. Graças a esta modificação, o Multipla incorporava três filas de assentos, onde podiam acomodar-se sete pessoas, além do condutor. O Fiat 600 Multipla não teve muito êxito fora do mercado italiano, onde, além de gozar da preferência dos taxistas, se converteu no único carro familiar ao alcance das famílias numerosas com rendimentos modestos.
Pequeno e manobrável, próprio para ultrapassar o tráfego denso das grandes cidades e para circular por ruas estreitas e retorcidas, o táxi Multipla podia transportar com comodidade meia dúzia de passageiros.
Para as bagagens, reservou-se no Multipla um pequeno espaço entre o banco traseiro e o compartimento do motor, mas como era insuficiente, a maioria dos veículos também incorporavam uma grade no tejadilho. Além disso, também era possível recolher o banco traseiro do Multipla, ampliando-se deste modo a zona das bagagens.
Fabricado durante uma década, em grande medida graças à procura do sector italiano dos táxis, o Multipla deixou de ser produzido em 1969, mas continuou a prestar serviço de táxis durante muitos mais anos, em cidades como Milão, Roma ou Nápoles.
Hoje em dia, são muitos os coleccionadores de Fiat 600 na Europa, sobretudo em Itália, e os poucos Multipla que se conservam, restaurados ou não, atingem preços cada vez mais elevados no mercado do coleccionismo de automóveis.
Um carro bem conservado chegava, em 2002, a custar mais de 15 000 euros.
Ficha Técnica:
Anos de fabrico: 1958-1969
Motor: 4 cilindros em linha, 600 cm3
Potência: 26 CV / 32 no modelo 600 D
Velocidade máxima: 110 km/h
Peso: 600 kg
N.º de veículos fabricados: 120 000
Fiat City Taxi
Em da década de 1960, quando o Fiat 600 Multipla deixou de fabricar-se, a casa Fiat apresentou um protótipo de pequeno tamanho destinado a ser utilizado como táxi, com o motor à frente e capacidade para apenas três passageiros.
Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 31 - Altaya
-O precursor do monovolume
-Milão: a porta de Itália
-Táxis de Milão: um serviço competente e eficaz
-A publicidade nos táxis: cartazes sobre rodas
Vídeo: FIAT 600 MULTIPLA
Excerto do episódio 14 da 2ª série do Conta-me Como Foi.