Blogue dedicado às miniaturas de táxi

domingo, 6 de janeiro de 2008

Mercedes 200 D - Atenas - 1965 - Miniatura automóvel n.º 99

Altaya
Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Mercedes 200 D Taxi - Atenas - 1965
Made in China

Mercedes 200 D Taxi Atenas
Mercedes 200 D Taxi Atenas
Mercedes 200 D Taxi Atenas
Mercedes 200 D Taxi Atenas
Mercedes 200 D Taxi Atenas

Os táxis de Atenas

A chegada ao aeroporto de Atenas oferece-nos um bom exemplo de como funciona este serviço na cidade. O tempo de espera, apesar de a polícia orientar o serviço, é longo, sendo necessário esperar na fila, pelo menos, durante uma hora. Quando, por fim, se consegue chegar ao táxi e se dá ao condutor a direcção, este perguntará a alguém se o seu destino é semelhante; em caso afirmativo, teremos de partilhar o táxi (mas também a despesa) com outro passageiro. É bastante provável que um pano cubra o taxímetro e que o motorista diga que não funciona. No fim da corrida, será necessário negociar o preço, que o taxista tratará de inflacionar, mas, normalmente, paga-se menos. O melhor é oferecer metade da quantia pedida e regatear a partir desse número.
Para mandar parar um táxi em plena rua, é necessário chamar a atenção do condutor com gestos largos, como se, em vez de estarmos a chamar um táxi, quiséssemos dirigir as manobras de aterragem de um Jumbo.
Não é raro encontrar no táxi outros passageiros; por isso, antes de subirmos, convém informar o condutor do destino.
Se o taxista estiver interessado, então entra-se no veículo.
Se não, seguramente porque leva clientes noutra direcção, é preciso tentar mais uma vez.
Também não nos devemos surpreender se a meio do trajecto acontecer o contrário e seja outra pessoa a chamar o táxi e a sentar-se ao nosso lado.
Os preços são bastante económicos, mas muitas vezes surgem pequenas discussões com o taxista, ou com os outros utentes, sobretudo porque se torna complicado cobrar a clientes distintos um serviço que utilizam ao mesmo tempo.
Os táxis de Atenas são amarelos (também os autocarros de linhas regulares) e têm um distintivo no tejadilho com a palavra «táxi» em caracteres latinos. Junto ao letreiro costuma aparecer um letra que pode ser o M ou o Z. Os táxis com M só podem circular em dias ímpares, e os do Z em dias pares. É pois importante dar atenção à letra e ter presente o dia do mês antes de entrarmos no táxi para nos dirigirmos ao centro de Atenas.
Cobram-se suplementos pela bagagem nos dias feriados, e também uma tarifa nocturna, que começa à meia-noite e acaba às 7 da manhã. Apesar de todos estes incómodos, o táxi é o melhor meio de transporte de Atenas, uma cidade com um trânsito caótico, onde além de tudo a orientação é difícil se não conhecermos o grego: os letreiros das ruas são ininteligíveis.
Uma boa ideia é preparar as excursões do dia antes de sairmos para a rua consultando um mapa e tomando nota dos nomes em grego das ruas ou bairros para onde desejamos ir.
A maioria dos taxistas é da província; conhecem mal a cidade e não falam outra língua que não seja o grego. A designação da cidade para sede olímpica de 2004 acelerou os trabalhos do metro e melhorou bastante os serviços, incluindo o dos táxis.

Mercedes 200 D

Durante a década de 1960, a Mercedes lançou no mercado uma importante sucessão de séries que seriam determinantes para o desenvolvimento dos Mercedes actuais, famosos em todo o mundo pela sua fiabilidade e conforto, pela sua prestação e, sobretudo, pela sua requintada elegância.
Em 1961, a Mercedes Benz apresentou uma nova série de automóveis, a W 110. Entre os seus vários modelos, um dos mais populares e comuns seria o 200, nas suas versões diesel e gasolina. Tratava-se de um dos primeiros passos na evolução dos Mercedes actuais, que se iniciara em 1959 com a chegada da série SE.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a lendária Mercedes Benz renascera das cinzas graças ao seu modelo V 170, muito popular na su época no sector dos táxis, onde ganhou a alcunha de Taxibal.
Ao V 170, que tinha um design ligeiramente antiquado com a frente em V e faróis salientes, seguiram-se os modelos Ponton, de formas arredondadas, que surgiram em meados da década de 1950. A chegada da série W 111, também conhecida como série SE, em 1959, foi um passo definitivo na evolução dos elegantes e confortáveis Mercedes do tipo sedan. A série seguinte, a W 110, na qual se inclui o primeiro modelo com a numeração 200, fabricou-se até 1968, altura em que apareceram as séries W 114 e W 115, também conhecidas como «classe 8».
Todos esses modelos tiveram uma grande aceitação por parte dos taxistas de toda a Europa, e também das colónias e ex-colónias africanas e asiáticas. Na Grécia convulsiva de 1960, o Mercedes 200 D foi o modelo de táxi por excelência; primeiro o da série W 110 e, logo a seguir, o da W 114/W 115.
Muito parecidos com os modelos da série W 110 os da série W 114/W 115, à qual o 200 pertencia, fabricaram-se até 1976, quando apareceu a série W 123.
Nesta nova gama também se incluía um modelo chamado 200, que era a continuação do seu homónimo da série anterior.
No total, os três modelos 200, desde o primeiro, da série W 110, até ao último, o da série W 123, fabricaram-se quase durante um quarto de século, desde 1961 até 1985.

Ficha Técnica:
Anos de fabrico: 1961-1968
Motor: 4 cilindros, 1988 cc
Potência: 55 CV
Dimensões: 4,73 (comprimento) x 1,5 (altura) x 1,8 (largura) m
Velocidade máxima: 130 km/h
N.º de exemplares fabricados: 161 618

Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 30 - Altaya
-Luxo e resistência
-Atenas: o berço do Ocidente
-Os táxis de Atenas: um serviço anárquico
-Miniaturas de táxis: objectos de coleccionador

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