Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Tatra 603 - Praga - 1961 Taxi
Made in China
Os táxis de Praga
Praga conta com uma ampla frota de táxis distribuída por toda a cidade, desde o aeroporto até aos locais turísticos do centro.
Distinguem-se por um dístico amarelo situado no tejadilho, onde se pode ler, em letras pretas, a palavra «táxi». Além disso, nas portas da frente deve figurar o número da licença, o nome da empresa a que pertence e a tarifa básica.
Os taxistas checos nem sempre utilizam o taxímetro, pelo que, para evitar mal-entendidos, convém saber o preço aproximado antes de se entrar no veículo. Para evitar problemas, o mais aconselhável é, sempre que for possível, contactar uma das empresas da cidade para saber o preço aproximado e comunicar o destino antes de solicitar o serviço, já que estas firmas dispõem de telefonistas que dominam vários idiomas. As mais conhecidas e importantes são a AAA, a Halo, a Profitaxi e a Lukas. A melhor maneira de nos deslocarmos pela Cidade Velha é a pé. O táxi é aconselhável para trajectos longos, pois as ruas são estreitas e sinuosas, e a dificuldade em entender as placas escritas em checo pode levar a enganos. O melhor é levar escrito em checo o local do destino e entregar a nota ao condutor. É necessário ter cuidado quando se apanha um táxi numa praça, porque costumam ser utilizadas por Mercedes e BMW que, por serem veículos de luxo, são mais caros que o resto dos táxis. Para viajar da cidade ao aeroporto é aconselhável utilizar um táxi da CSA do aeroporto, pois os das outras firmas incluirão no preço final o percurso de volta.
Quando se apanha um táxi em plena rua e o condutor fala francês ou inglês, recomenda-se perguntar-lhe o custo aproximado do trajecto antes de o iniciarmos.
É verdade que as autoridades têm combatido o problema, mas em Praga há táxis que usam os mesmos dísticos que os autorizados e, no entanto, têm taxímetros manipulados.
Tatra 603
A Tatra foi, a par da Skoda, a grande marca de automóveis checoslovaca, apesar de ter nascido muito antes da Checoslováquia e de lhe ter sobrevivido dez anos até aos nosso dias. As origens da empresa remontam a 1850, quando, em plena Revolução Industrial, a Boémia e a vizinha Morávia, integradas nessa altura no Império Austro-Húngaro, conheceram um grande desenvolvimento económico e importantes mudanças sociais. Foi em Koprivnice, um localidade da Morávia - que, com a Boémia, forma actualmente a República Checa -, que Ignac Schustala e Adolf Raska fundaram em 1853 a firma Tatra Works, dedicada à construção de carromatos e vagões de comboios. Em 1898 saiu da fábrica da Tatra o primeiro automóvel de fabrico austro-húngaro, o NW Präsidente. Pouco tempos depois, iniciou-se o fabrico dos camiões que tornariam a marca Tatra famosa no mundo inteiro.
O fim da Segunda Guerra Mundial deu origem a outra grande mudança na Tatra.
O Tatra 603 foi o carro típico da era comunista. De facto, projectaram-no e começaram a fabricá-lo em 1955 para ser utilizado quase em exclusivo pelos altos dirigentes do partido e pelos agentes da polícia política, tanto checa como de outras nacionalidades - entre outras coisas, foi um dos automóveis preferidos da temível Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental.
O 603 era um automóvel fiável, potente e rápido (atingia os 160 km/h, que não era pouco para a época), com um motor baseado em protótipos de Fórmula 1 construídos pela Tatra em princípios da década de 1950 (a Tatra foi uma marca de certo renome na alta competição). Em finais da década de 1950, começaram a utilizar-se no serviço de táxis de Praga os primeiros Tatra 603, carros confortáveis e amplos, ideais para esta tarefa.
Com o passar do tempo, o 603 foi renovado e modernizado, mas a sua produção manteve-se até 1975, data em que deixou de fabricar-se, após a introdução, um ano antes, do novo Tatra 613.
O ano 1989 marcou o início da decadência. O Tatra estabeleceu contactos de venda com a Líbia e a Coreia, que acabaram por fracassar, mergulhando a firma numa crise profunda, até que, em 1998, pouco depois da secessão da Checoslováquia, a Tatra, por motivos económicos, abandonou a produção de automóveis na altura em que se cumpriam os cem anos de fabrico do seu primeiro automóvel. Desde então, a empresa limita-se a fabricar camiões, na sua maioria destinados aos mercados tradicionais, ou seja, à Europa de Leste e a alguns países do Terceiro Mundo. Apesar dos êxitos obtidos pelos seus camiões no rally Paris-Dajar, a Tatra não conseguiu captar o interesse dos modernos mercados ocidentais, apesar de ter iniciado uma certa recuperação económica a partir do ano 2000, graças às ajudas institucionais do governo checo.
Ficha técnica:
Ano de fabrico: 1955
Motor: 8 cilindros
Potência: 95/105 CV a 2545 rpm
Velocidade máxima: 160 km/h
N.º de veículos fabricados: 20 422
Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 26 - Altaya
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