Táxis do Mundo - Taxis du Monde - Taxis of the World
Escala: 1/43
Modelo: Mercedes 240 D - Beirute - 1970 Taxi
Made in China
Táxis de Beirute
Em Beirute há milhares de Táxis que se podem apanhar para visitar qualquer das outras cidades do país, desde Biblos e Zahle, situadas a uns 40 quilómetros da capital, até Trípoli e Baalbek, que ficam ao dobro da distância.
Em Beirute existem carreiras de autocarros regulares que a ligam às outras cidades libanesas, mas este serviço não é tão regular como seria de esperar, e é aconselhável utilizar os chamados «táxis de carreira». Estes veículos, com capacidade para cinco passageiros, são muito mais cómodos e rápidos que os autocarros, além de abundantes. Estes táxis seguem uma rota preestabelecida e param onde o cliente quiser, bastando para isso dizer «indak» (aqui), apesar de no Líbano quase todos falarem francês, que é o idioma co-oficial a par do árabe.
Ao apear-se, o cliente paga o que o condutor calcula que equivale a uma quinta parte da tarifa. Se pagarmos o circuito completo, podemos utilizar estes táxis como se fossem privados e, após negociar o preço, levam-nos ao sítio que escolhermos.
No que respeita aos táxis privados, funcionam como em quase todos os países árabes. Como não costumam ter taxímetro, é necessário negociar o preço com o motorista.
Dentro da capital também circulam táxis oficiais, que se distinguem por terem a matrícula de cor vermelha. Estão sujeitos a uma tarifa estandardizada que aumenta em 50% a partir das 10 da noite.
Mercedes 240 D
Em Beirute ainda funcionam, no serviço de táxis partilhados, velhos modelos Mercedes, em melhor ou pior estado de conservação, entre os quais se destaca o lendário 240 D, que era o táxi mais comum nas ruas da cidade antes de deflagrar a Guerra do Líbano, em 1976.
O Mercedes 240 D estava destinado a substituir os igualmente luxuosos modelos 200 e 220, que também se utilizaram como táxis tanto na Europa como em cidades do mundo árabe, como Cairo e a própria Beirute.
Como todos os Mercedes, assinalado neste modelo pela letra D, o 240 incorporava um motor diesel. Não é de estranhar ter sido a Mercedes, na década de 1920, a primeira marca a apresentar modelos com este tipo de motor. É que a marca alemã, que surgiu da fusão da Daimler e da Benz, as empresas fundadas pelos inventores do automóvel (Gottlieb Daimler e Karl Benz), foi, a partir de 1886, a pioneira em quase todas as áreas desta nova indústria.
O Mercedes 240 D não apresentava qualquer novidade ou avanço em particular; era apenas mais um passo na já longa evolução que se ia desenvolvendo desde há oito décadas. A sua semelhança com os modelos 200 e 220 é mais que evidente e, para um leigo, as diferenças eram quase imperceptíveis. Como os anteriores, o 240 D era um modelo espaçoso e confortável, além de robusto e seguro. Estes factores faziam dele um carro excepcional para um serviço de táxis optimizado. O 240 D, também conhecido como Mercedes 8, por causa do ano de 1968, tinha uma versão coupé, com duas portas, e outra sedan, com quatro. Era este último, é claro, o modelo que serviu, e ainda serve, como táxi em Beirute.
Ficha técnica:
Anos de fabrico: 1968-1976
Motor: Diesel de 4 cilindros em linha
Potência: 65 CV a 4800 rpm
Peso: 1400 kg
Velocidade máxima: 138 km/h
Fonte: Táxis do Mundo fascículo n.º 23 - Altaya
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